sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Soltarohôme!!!
Soltaram Julian Assange!
Bem, mais ou menos, o cara está com tornozeleira eletrônica e quetais. Mas o "monstro estuprador"(Suécia), o "terrorista virtual"(Estados Unidos), o "inimigo da humanidade"(Inglaterra) e outros "títulos" depreciativos está realmente à solta. E o mundo treme!
Assange virou a "bola da vez" da demonização de personagens que a nossa política internacional precisa eleger para por medo nas pessoas comuns (no caso, a classe dos incultos)e fazer com que elas se desestabilizem emocionalmente e procurem seu "equilíbrio perdido" na indústria farmaceutica e, é claro, no consumo desenfreado dos bens inúteis que infestam o mercado. O medo é a grande arma dos governos totalitários que agora permeia o mundo todo: liguem a TV e reparem bem: os noticiários viraram relatórios de boletins de ocorrências. Medo!
E o medo é o contrário do orgasmo...
Só sei que o crime de Assange foi divulgar (para quem quisesse ler) documentos que lhe foram passados por funcionários do governo americano, ou seja, nem hacker ele é. E o que estes documentos "revelaram" para o mundo nem sequer eram escândalos secretos. Vejamos: Puttin ainda controla os rumos da Rússia (oh!!!), Dilma planejou assaltar um banco nos seus tempos de terrorista (oh!!!),Cristina Kirchner não bate bem (oh!!!), Hugo Chavez é doido (oh!!!), as polícias de vários países do mundo torturam presos (oh!!!), o exército americano massacra civís no Oriente Médio (oooooh!!!), e por aí vai.
Se o que o Wikileaks divulgou não é novidade o que então causou tamanha espécie? Ora, o que abalou o governo americano foi exatamente que estas informações eram opiniões OFICIAIS. Tio Sam ficou puto! E Assange virou um monstro a ser destruído.
Agora boa parte do mundo se mobiliza para que o cara seja liberto e que o site seja liberado a todos. Artistas e intelectuais fazem seus protestos regendo o coro dos que prezam a liberdade de expressão. E se há um crime que deva pesar sobre a cabeça do nosso personagem australiano, que seja o dele ter feito sexo sem preservativos, crime, aliás, cometido por boa parte da humanidade.
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