terça-feira, 29 de junho de 2010

Olho nele!!!






Iemza é um artista com um estilo muito particular.
Com 31 anos, nascido em Reims, França, ele concentra o seu trabalho e talento majoritariamente em edifícios e armazéns abandonados. Nesses locais, pródigos em decadência e charme, ele cria as suas personagens e histórias.
Estas são algumas delas...É um nome para ficar atento pois tem um discurso muito próprio e consistente.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

POST SECRET 1






Leia o que é isto na continuação abaixo...

POST SECRET 2






O cara se chama Frank Warren e tem um site onde posta cartões postais personalizados pelas pessoas que os enviam para ele e que sempre tem (sempre devem ter...) confissões pessoais. O site é muito bom e tem milhares de artes-postais que contém coisas engraçadíssimas, como um sujeito que confessa que adora chupar o dedão do pé, até um triste depoimento de alguém que sofre com a perda da namorada ao sentir o cheiro do perfume dela que ainda está impregnado na sua roupa. Fora as confissões, o aspecto plástico contido na proposta é interessantíssimo e faz lembrar muito o movimento de "arte-postal" que aconteceu nos anos 80 e que reúne até hoje artistas do mundo todo.

ARTE NO ESGOTO






José Augusto Amaro Capela, mais conhecido como Zezão, é artista dos melhores. O cara desenvolve seus grafites tribais em lugares abandonados de São Paulo: bueiros, esgotos, lixões e outras áreas de degredação urbana. Saído deste subterrâneo para as galerias de arte e museus conceituados (recentemente expôs no MASP), hoje Zezão expõe também nas melhores galerias dos EUA e Europa e é muito requisitado por grandes marcas de moda. O Cara é fera!
Tirei o texto que se segue de um site na net para ajudar na apresentação do cara:
Zezão ingressou no mundo das artes por acaso. "Eu desenhava sem pretensão. Queria só rabiscar", declara. Quando questionado sobre o motivo que o levou às ruas, Zezão responde sem dificuldades: "Eu sempre gostei das ruas, queria deixar a cidade mais bonita". A paixão pelo ambiente urbano, pela perturbação da metrópole sempre dirigiu a vida deste artista paulistano, nascido no bairro do Bom Retiro e criado em meio a galpões da antiga indústria paulista que levantava a economia no início do século XX.
A dificuldade de encontrar um de seus grafites é justificada pelo próprio Zezão: "Ah, eu sempre pintei para as pessoas da rua. Pessoas como mendigos, gente de albergue que não tem condições de comprar arte". Segundo ele, seus alvos preferidos contradizem o princípio do grafite: dar visibilidade à mensagem criada. "Ninguém queria ir grafitar o esgoto comigo. Ninguém entendia nada", salienta.
O Portal IMPRENSA questionou a decisão de Zezão de buscar lugares pouco comuns para pintar. O artista revela que quanto mais inóspito é o local, maior a chance do trabalho continuar vivo. "Se eu pinto na 23 de maio ou na Consolação, no outro dia o Kassab apaga".
Apesar da despretensão dos trabalhos do artista, em 2005, algumas de suas obras foram expostas em uma tradicional galeria de arte urbana em São Paulo: a Choque Cultural. "Depois da Choque Cultural, eu comecei a ser chamado para várias exposições pelo mundo". Suas obras estão registradas em galerias de Nova York, Londres, Paris, Alemanha entre outros países. No Brasil, está no lugar em que tudo começou, na Choque Cultural.
Além de expor nas grandes galerias de arte underground, o artista vende suas obras para quem deseja tê-las em sua casa. Ele grafita residências de empresários, publicitários, executivos e não sente qualquer tipo de receio em comercializar seu trabalho. "Quando eu era mais novo eu não aceitava isso". No entanto, Zezão salienta que não se pode deixar que oportunidades passem. Hoje, morador da Serra da Cantareira, bairro afastado do centro, o artista busca paz e tranqüilidade, longe da confusão que um dia lhe seduziu a largar a escola e dar vazão aos seus sentimentos por intermédio da arte.
Mesmo tendo aceito o apelo comercial de suas obras, Zezão revela que pintar as ruas ainda é a parte mais sedutora do mundo das artes. "Grafite é subversão, uma coisa ilegal. Muita gente não entende isso".

STOP THE VIOLENCE






Pare a violência: Este é o nome da série de fotografias feitas pelo artista suiço François Robert, onde recria com ossos humanos símbolos da nossa cultura ligados à guerra e à violência, às vezes também à paz. Seu discurso plástico ultrapassa o simples mosaico macabro para comentar o modo como nossa civilização ainda tem um fundo de barbárie muito presente. O artista também atua na área da publicidade e tem um site muito legal onde expõe as suas criações.

Para quem não viu ainda...






Estou colocando as jóias criadas pela joalheria H. Stern que foram criadas inspiradas no filme Alice no País das Maravilhas, do diretor Tim Burton. Num mundo de informações rápidas (e esquecimentos idem) este post está atrasado, mas muita gente que conheço disse que não viu as peças, daí esta atualização. Divirtam-se...

domingo, 27 de junho de 2010

Que lugar!!!






Fiquei sem atualizar este blog durante as minhas férias de verão, e como desponta no horizonte as minhas férias de inverno, muitas referências dos passeios que fiz em fevereiro voltam à mente, aí resolví colocar alguns lugares que fui para dividir com todos as belezas descobertas. Aqui, no caso, vou falar da Pousada Santa Teresa, que fica no bairro de mesmo nome no Rio de Janeiro. Não me hospedei mas fui lá almoçar no restaurante Therése e aproveitar para conhecer o projeto badaladíssimo no Brasil e no mundo, constando como sugestão em roteiros sofisticados. Realmente é algo único. Diante de um portentoso portão não temos ideía da maravilha que é o lugar, com uma vista deslumbrante da baía de Guanabara e (pasmem!) do centro do Rio. A pousada tem um projeto que mistura uma arquitetura original e reformas de construções que já existiam no terreno, como uma senzala. Tudo com muito bom gosto (vejam as imagens) e decorado com móveis de designers brasileiros e repleto de objetos artesanais nossos que em momento algum caem no "folclore", muito pelo contrário: retirados de seu contexto popular podem ser apreciados como exercícios de desenho funcional e inteligente. Dei uma boa passeada pelo local e fui muito bem recebido por todos os funcionários que fizeram questão de me deixar circular por todo o lugar, dando as informações todas que eu solicitava com precisão. O almoço no restaurante foi um momento especial com um cardápio de pratos simples e por isto mesmo muito sofisticados. E haja champanhe...rs...Terminei uma tarde agradável com um café no lounge criado na antiga senzala (!!!) e com um prosecco na piscina, antes do spa. Gente, é só uma vez por ano, tá?

Dois lugares




Vou colocar aqui dois lugares para, no mínimo, se conhecer. São dois bares em São Paulo, que estão localizados em hotéis e foram concebidos numa excelência de design que justifica a ída até eles. Um é o do hotel Unique (projeto de Ruy Ohtake) e o outro é do hotel Emiliano (projeto de Arthur Casas). Tanto um como o outro surpreendem pela concepção e pela qualidade do design, tanto o original como o agregado. O Wall Bar do Unique é um cenário espetacular, com um mostruário de garrafas verticalizado que ocupa todo o pé direito do lobby, que dá uma grandeza impressionante ao ambiente: à noite a iluminação é um show à parte. Já o pequeno bar do Emiliano tem um aconchego e uma intimidade únicos, com poltronas dos irmãos Campana e um ambiente low profile condizente com o conceito do hotel. Ambos mostram como um projeto harmônico pode reforçar a idéia da qualidade de cada um destes empreendimentos da hotelaria no Brasil.

Design+Mata Atlântica= KAÁ




O Kaá ("mata" em tupi)é um restaurante em São Paulo que, além de ter uma culinária muito boa, tem um projeto de tirar o fôlego. O arquiteto Arthur Mattos Casas e a paisagista Gica Mesiara criaram um ambiente surpreendente. Após a chegada no restaurante e sermos recebidos por uma fachada que se impõe pelo visual denso, lá dentro abre-se um ambiente de leveza e elegância extremos. Num espaço de 700 metros quadrados e 7,5 metros quadrados de pé-direito, estão 7 mil plantas originárias da Mata Atlântica (avencas, begônias e orquídeas estão entre elas), formando um jardim vertical que se estende por toda a área do ambiente, fazendo um belo contraponto com um belo espelho d'água e um teto retrátil que joga uma suave luz por todo o lugar, dividido entre o lounge, um bar central e o restaurante em si. Nesse cenário, a casa oferece pratos da culinária italiana, cujo cardápio franco-italiano, concebido pelo chef Pascal Valero, é composto por massas frescas, carnes variadas e acompanhamentos, tudo preparado com cuidado e delicadeza. Junte-se ao cardápio uma respeitável adega climatizada que comporta 1.800 garrafas de vinho, disponíveis em 250 rótulos, ou seja, um delírio... As sobremesas são concebidas dentro do mesmo critério de leveza e cuidado. O visual dos pratos é tão apurado quanto o do ambiente, sem dizer da qualidade do material gráfico da casa: cardápio, cartões de visita e design da louça e taças são apurados. Tudo isto junto justifica a escolha do Kaá como um dos melhores novos restaurantes do mundo por um grupo de jurados respeitados encabeçados pela poderosa designer Kelly Wearstler. Resumindo: um excelente lugar para se conhecer e usufruir da qualidade e da inteligência dos artistas todos que o conceberam.

DOIS AMIGOS DJs



Pois é, às vezes a gente se vê em situações gratificantes que envolve o sucesso alheio. Trabalhei com som profissional por muito tempo e via uma galerinha super jovem (alguns crianças) participando das atividades da empresa, sedentos por poder ter uma participação maior, mas impedidos pela idade que não os permitia frequentar as baladas. Mas às vezes a gente liberava as pick ups para eles brincarem e o resultado era surpreendente. Hoje vejo dois nomes brilhando na cena nacional e internacional e que fizeram parte deste grupo que, anos atrás, ficavam colados na nossa equipe "Spectro". Um é o Jeff Valle e o outro é o Dimitri Motta. O Jeff pegava mais diretamente no som, o Dimitri era mais observador e hoje ambos são referência nas baladas, raves, casas noturnas e "love parades" que acontecem mundo afora. Eu fico só olhando e babando pois são excelentes profissionais. Sucesso para eles. Sempre!!!

sábado, 26 de junho de 2010

MÔNICA NADOR E O JAMAC






O Jamac - Jardim Miriam Arte Clube - nasceu em 2004 a partir de um desdobramento de propostas artísticas da artista Mônica Nador que, junto com outros artistas e moradores do Jardim Miriam, bairro da Zona Sul de São Paulo, vem desde então tocando o projeto.
O Jamac é um misto de espaço de experimentação artística, local de convivência e de debates políticos e culturais. Pode-se apresentá-lo como uma casa na periferia da cidade, uma espécie de ateliê aberto à população local.
Ali jovens e adultos sem aprendizado formal de artes experimentam na prática o processo de formação das imagens. Isso passa pela escolha de formas, normalmente extraídas do cotidiano, que são transformadas em máscaras de acetato e transpostas para o papel. Envolve, portanto, o conhecimento das técnicas, do efeito de determinados procedimentos sobre uma superfície e a eleição de cores.
Mônica Nador há muitos anos abandonou a pintura tradicional para se dedicar a este tipo de experimentação e trabalho em comunidades. Segundo o crítico Rafael Vogt Maia Rosa, o trabalho de Nador "aponta para uma crise que ocorre no centro de uma cultura para iniciados e fanáticos".
Atualmente Mônica expõe na Pinacoteca de São Paulo, fazendo o caminho inverso, isto é, levando de novo a arte da rua para dentro do museu. Não vejo a artista como um possível recorte da onda que agora vigora de levar artistas (como os grafiteiros) para as galerias. Nador saiu do espaço institucional da arte (museus e galerias) para fazer das intervenções urbanas seu principal discurso, em especial pelo abarcamento das pessoas das comunidades periféricas da Grande São Paulo, e volta para o museu sem se contaminar pelas possíveis pasteurizações (esterilizações?) de que esta arte corre risco.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

É DUNGA NA FITA!


Quem está acompanhando a saga Dunga vs Globo anda feliz com as atitudes do nosso treinador. Só mesmo um superstar, como o treinador durão da nossa Seleção, para peitar os abusos e os desrespeitos da rede de TV para conosco e para com seus colegas de função: os outros profissionais das demais redes televisivas.
Na última Copa a Globo, ancorada na sua manipulação do poder (que usa conforme seus interesses FINANCEIROS), montou um escritório dentro da concentração da Seleção, deixando os outros repórteres do lado de fora. Agora, ao chegar no hotel da nossa equipe na África do Sul, Fátima Bernardes(aquele equívoco jornalístico) estava entrando linda(?) e fagueira(?) na concentração quando Dunga a barrou (e à Globo) com o argumento: "Ou entram todos os repórteres ou não entra ninguém!" O treinador ouviu de volta da arrogante títere que o presidente da CBF havia a autorizado pessoalmente, ao que o gauchão respondeu: "Aquí quem manda sou eu!" A velhinha meteu o microfone na bolsa e deu meia volta.
À noite, durante uma coletiva, Dunga xingou ao vivo e à cores (e em qualidade digital) o jornalista Alex Escobar, outro chato, depois xingou o Mauro Naves, que, choramingando, logo passou o recado para a central carioca que, durante o Fantasmático, fez o chato-mor Tadeu Schmidt ler mecanicamente (como é seu estilo) um protesto contra o técnico.
Tadinha da Globo, com isto o Brasil está unido e ADORANDO a peitada de Dunga, basta ver no Twitter a quantidade de pessoas que aderiram ao "Cala Boca Galvão" e ao "Cala Boca Schmidt", a ponto da imprensa internacional noticiar o fenômeno de superadesão (me parece que foi um record mundial) e da campanha "Um dia sem a Globo", que pede às pessoas que assistam aos jogos do Brasil na BAND. Delícia!!! Chega destes bobos-alegres infernizando nossas vidas. Mil vezes o Neto brigando com o Luciano do Vale e com o Milton Neves...rs...

Estou com o Dunga e não abro!!!



Pois é, e como se não bastasse tudo que o nosso técnico está fazendo no campo do político, ainda por cima veste Alexandre Herchcovitch para mostrar a força do design brasileiro. Desde o primeiro jogo do Brasil Dunga aparece vestindo roupas tiradas do que há de melhor da moda nacional. O casaco do enfant terrible das nossas passarelas caiu bem no tough guy que é o Dunga, que mostra uma opção interessante para quem não se encaixa no modelo metrossexual de Beckham (cujo risco maior é se casar com o imbroglio humano que é a Victoria) e que pode se vestir bem ser perder o perfil de homão. A investida de Dunga na moda passa pelas mãos de sua filha (que é estilista) que, tempos atrás, jogou umas peças de sua autoria na mala do pai, que obedientemente usou, mas que gerou polêmicas menos por ele estar num visual moderno mas mais pelas criações ainda de gosto duvidoso dela. A filha ouviu as críticas, saiu de cena e virou a personal stylist do pai, o que está funcionando melhor. A peça - o tal casacão - é linda, como vocês podem conferir nas fotos do técnico a vestindo e também do próprio Herchcovitch a usando, além da mesma no momento "passarela". O estilista ficou ultra feliz com a visibilidade que teve e afirmou no seu Twitter: "Tenho um igualzinho!!!" O significado e o peso visual da peça é na medida certa e demonstra força e seriedade, como se o nosso "comandante" estivesse num navio baleeiro à espera de um enorme cetáceo para arpoá-lo com precisão. A imagem poética é bonita mas, garanto, como Dunga é antenado na modernidade, seu politicamente correto faz com que aponte seu arpão(imagem devidamente fálica para um esporte pleno de testosterona) para as outras seleções, respeitando as coitadas das baleias: nada melhor que isto numa Copa do Mundo.Neste campo,a moda, convenhamos, já somos campeões.