quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

De dois em dois anos






Corrí mas deu tempo de ver a 29º Bienal de São Paulo no último fim de semana que esteve em cartaz. A visitação exigiu da público uma paciência fenomenal, já que eram muitas obras expostas e a maioria pedia leituras e informações para serem compreendidas, o que nem sempre havia. Os suportes tradicionais das artes estavam lá, mas a grande predominância eram as obras que usavam outras mídias, como vídeos (presença em quantidade massacrante). Porém o sacrifício e o cansaço valeram a pena: tinha muita coisa boa e enumerar alguns nomes aqui seria impossível não ser injusto. Mas até cito o chinês WeiWei (e seus animais em bronze), Tatiana Trouvé (e seus teodolitos paralisados), Ana Maria Maiolino (e seu banquete), Gil Vicente (e seus desenhos onde assassinava líderes políticos),Nuno Ramos (e seus urubus censurados) e os pixadores do Ensaio PIXAÇÃO-SP, já citados neste blog. Estes últimos viraram referência porque, de vândalos grafiteiros na 28ª Bienal, foram promovidos a estrelas nesta atual. Como sou admirador dos artistas de rua, me ví emocionado ao ver que a instalação feita pelos pixadores era uma homenagem ao Néticos, que despencou do nono andar de um prédio e morreu quando fazia seu trabalho.
Como balanço final coloco esta Bienal num lugar especial por ter tido o mérito de ter recuperado a importância do evento dois anos após o fracasso da intitulada "Bienal do Vazio". Só restam os elogios.

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