![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglSkcd2-c8ERJlWccgw8fUiXyo_i0qlu810owUhuuGujLRGyAiay0IHAI0ecv-hcsGmg8pwLLkVr30BDe4xd2HDXkM5kL3_DIx-a5dvOOeoCeWeDOAjzQ4E6Qfvr1J8oZ-_2TDRjkDPeEF/s400/paulo-leminski-Catatau-539x600.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrSOob3LfdaROdhBMjJR6wlkCzr5GYXoYVBnp1PfsbiBDsf5vzJttJYjrDyA5Hj64qPFKIsZ6a30O9q4Zr2fcv9GbkeAN5KgDGHFEoKLYXaPX6p93ZjrtLqKrwtL1u7FWPCRkPljoahnLy/s400/leminski.png)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyXKYM-dJGWuVStXKxWQ2jsobfXFUcbptiqqPBrqTyW7bHdmawjIqOWNlJ5GhCG42q4sZ8NdZlbxVBxVKloKnAFB4lKjZKFynMQOm-E_dfiiaezshx2yUKUGlWpfN2RQvNg9KkhDD7hDWP/s400/catatau_Leminski.jpg)
Paulo Leminski, poeta curitibano, dedicou boa parte da sua vida - entre os 24 e 31 anos de idade - na criação daquilo que ele definiu como a única idéia de sua vida: "uma vida é curta para mais de uma idéia", disse ele. No seu caso, esta idéia se materializou no livro Catatau como um conto(?) de 213 páginas ininterruptas onde um texto, que beira a alucinação, flui de modo contínuo aliado a um projeto gráfico também curioso:na capa, sob o título em vermelho, cenas de luta registradas por um escravo anônimo, na sala de uma tumba no Egito, 2000 a.C. Atrás do livro, o nome do autor, sobre o registro de uma dupla sepultura de homo sapiens do tipo negróide. Ligando as duas capas – imaginadas por Leminski, executadas por Miran – uma lombada branca e em branco. O volume ainda apresenta outras duas imagens, nas últimas páginas: um famoso retrato de René Descartes e uma "foto" assim legendada: "Vrijburg, a Recife dos holandeses (séc. XVII)".
Poema? Prosa poética? Romance? Nada disso. O que Leminski buscava era a "fusão destas coisas todas, ou, na melhor das hipóteses, uma superação dessas categorias como poesia e prosa".
Quase quinze anos após o lançamento, quando organizou a segunda edição do Catatau, Leminski deu a dica para aqueles que insistissem em classificar a obra, colocando sob o título, a advertência um romance-idéia. É por estas e outras que o livro carrega tarjas como "incompreensível", "ilegível", etc. Sentenças injustas, mas que parecem elogios calorosos, dependendo de onde vêm: a crítica literária sempre pira com a leitura da obra.
Saiu recentemente uma nova edição do livro que, aconselho, deve ser lido e curtido por todos que quiserem ter uma experiência literária além das fórmulas e narrativas de praxe. Leminski conseguiu fazer uma obra referência na literatura brasileira.
Seu blog é muito bom Afonso! SOu frequentador assíduo a partir de hoje!
ResponderExcluirUau!! Seu blog é maravilhoso, deliciosamente consistente. Adoro Paulo Leminski. Ele foi um cara brilhante. Agora sou seu seguidor.
ResponderExcluirOi amigos escritores: o blog é de vocês.
ResponderExcluir