terça-feira, 28 de setembro de 2010

Novo projeto no Rio






As Olimpíadas de 2016 continuam fazendo mudanças no Rio de Janeiro. Foi realizado um concurso para eleger um projeto de um edifício que gerasse energia limpa para manter a Vila Olímpica, e o escritório suíço Rafaa Architects ganhou propondo este edifício a ser construído na ilha de Cotonduba, em frente a Copacabana. Vai gerar polêmica pois é muito visível na paisagem da Baía de Guanabara, alterando a vista harmônica das montanhas e das ilhas.
Como é fácil de perceber, há uma sugestão na fachada de que um lado figure a pira olímpica, que acenderá à noite, e que o outro lado tenha uma queda d'água que cobrirá toda a lateral do prédio. O desenho é limpo, apesar destas propostas de interação com a cidade e a paisagem.
Bem, é aguardar para ver.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Tá no Rio? Então compareça...

Uma outra história americana






Este post é o texto que lí na apresentação que fiz no Ciclo de Cinema da Letras neste semestre cujo tema foi intolerância.

UMA OUTRA HISTÓRIA AMERICANA
Diretor: Tony Kaye

Está na mídia hoje as atitudes do governo da França relativas aos imigrantes do Leste Europeu que configura uma intolerância radical que inclui, entre outros desenhos discriminatórios, o desrespeito à etnia (são estrangeiros), à classe social (são pobres) e a representação política (são “peso morto” no processo eleitoral). A França, sempre vista como refúgio político daqueles que se sentem oprimidos nas suas pátrias, agora expulsa de seu território pessoas que considera “problemáticas”. O cardápio de atitudes do Estado francês é, porém, mais amplo que isto: há proibições do uso de véus para muçulmanas em lugares públicos, há estratégia de filtragem de povos do Terceiro Mundo nos aeroportos e tudo junto mostra que no coração da Europa, no país onde nasceu o lema “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, grassa a intolerância que é o nosso tema da mostra de filmes deste período.
A França surge aqui como uma referência inicial para abordarmos o assunto porque todas estas atitudes estão nos noticiários e não creio que a metáfora “a ponta do iceberg” seja aplicável neste caso, já que é possível olharmos para o mundo e vermos o iceberg inteiro emergindo nas Américas, na Ásia e na África. O desenho do mundo, onde a questão geográfica política passa por novas definições, não mostra um pensamento universalizado que construa um olhar de inclusão para o Outro, mas sim de exclusão, ditado pela economia globalizada que transforma algumas nações em feudos que, tais como na Idade Média, devem ser cercadas por muros protetores sejam lá erigidos por qual tipo de medo: pode ser o medo dos mexicanos , nos Estados Unidos, ou dos palestinos, em Israel. Até mesmo a Internet, que possui um desenho territorial virtual, de inclusão generalizada (é uma “pátria livre”), mostra que também é palco de exercício de intolerância com sites, blogs e outras vinculações das redes sociais que demonstram ser poderosas armas de ideologias que já deveriam estar banidas no pensamento da Humanidade porque foram colocadas em prática no século XX e se mostraram monstruosas distorções sobre o que é o poder político verdadeiro.
O que assistimos hoje é a generalização da intolerância como prática justificável para direcionamento distorcido do nosso pensamento. A força com que a falta de respeito ao Outro se instala no comportamento social é visível nas hierarquizações verticais e horizontais da sociedade, ou seja, há um exercício de re-significação de si e de construção da subjetividade que é estabelecido pelo poder político e financeiro que é imposto a nós na forma de algumas atitudes governamentais (a estratificação na solução da pobreza), até às estratégias comerciais (mensagens nas propagandas de TV, por exemplo, sempre colocando quem não tem acesso aos bens de consumo como um deslocado social), ou incitando ódios particulares a personagens efêmeros simbolizados nos participantes dos realitys shows. O reflexo disto está no surgimento de movimentos radicais de repressão no tecido urbano, como os skinheads, que pregam (e agem) na repressão ao “outro inferior” com violência exacerbada que muitas vezes tira a vida de imigrantes nordestinos, homossexuais e pobres simplesmente por serem o que são. Não é nosso foco aqui tratar da simbologia da Sombra junguiana que estende suas asas sobre estes agressores que, na verdade, vêem a si mesmos nos alvos que atacam: colocar fogo em mendigos na noite das grandes urbes é uma imolação de uma mendicância interna tão excludente quanto aquela simbolizada por um sem-teto que dorme ao relento. É sobre este processo de exclusão que trata o filme A OUTRA HISTÓRIA AMERICANA.
Se acreditamos que as ideologias racistas surgidas na primeira metade do século XX, como o Nazismo e o Fascismo foram extintas com o término da Segunda Guerra Mundial esta totalmente iludido. O filme mostra que o neo-nazi-fascismo é uma realidade presente em grupos que não possuem uma justificativa mais verídica sobre seu surgimento que não seja a agressão explícita a grupos “menores” do tecido social. Não se trata, em absoluto, de um fenômeno restrito, rastreável apenas em países onde há um baixo grau de esclarecimento político ou de escolarização. Atinge inclusive (e talvez mais firmemente) os países ricos da Europa e os Estados Unidos. Surge na onda de uma nova xenofobia (a aversão e o ódio aos estrangeiros) motivada pelos altos índices de desemprego e pelo empobrecimento de alguns setores das populações de países como a Alemanha, a França, a Inglaterra ou a Espanha (entre outros). Vários acontecimentos tem nos dado mostras de que esses grupos estão se preparando para uma verdadeira guerra dentro de seus próprios países contra todos aqueles que, em suas opiniões, causam o atraso, a miséria e a mistura de etnias que promove a degradação das “raças superiores”. Mesmo no Brasil vemos o preconceito contra os nordestinos e homossexuais nas grandes metrópoles sendo cada vez mais constante, numa versão tupiniquim dos massacres promovidos pelos skinheads dos países ricos (lembram-se dos Carecas do ABC?). Luis Mott, líder do Grupo Gay da Bahia divulga, sob nosso olhar assustado, que homossexuais morrem diariamente no país do “homo cordialis”.
Fazia muito tempo que eu não ficava tão impressionado ao assistir um filme. As cenas de lutas, onde a violência é banalizada tem sido a tônica de muitas realizações cinematográficas, mesmo daquelas que primam pela seriedade na abordagem de seus temas. No entanto, momentos como os apresentados no filme "A Outra História Americana" tocam fundo nos sentimentos de qualquer pessoa, mesmo daquelas que aparentemente já estão imunes a qualquer tipo de dor ou sensibilização (isto já é um fato, acreditem!) porque o excesso de imagens de violência já saiu das histórias ficcionais do cinema e se instalou como realidade perceptível nas salas das casas pelos telejornais que hoje vivem do repertório e dos boletins de ocorrência policiais.

A História
Edward Norton (em atuação irrepreensível, foi indicado ao Oscar) interpreta Derek Vinyard, jovem de família abalada pela perda precoce do pai, um bombeiro, que ao tentar apagar um incêndio num bairro negro acabou sendo baleado por marginais. Dono de uma grande capacidade de convencimento das outras pessoas e de inteligência privilegiada, Derek é aliciado por Cameron (Stacy Keach) um notório neo-nazista investigado pela polícia local e pelo FBI, mas nunca incriminado.
Incitado em seu ódio aos negros e as minorias pela tragédia que abateu seu pai (que descobriremos no decorrer do filme ser intolerante com os negros e imigrantes), Derek se torna uma referência para os jovens brancos e fracassados de seu bairro, que acompanham o crescimento de outros grupos étnicos em sua vizinhança (especialmente a comunidade negra, mas também os coreanos e os judeus). Passa então a comandar ações de depredação e espancamentos contra todos aqueles que, de acordo com o pensamento do grupo ao qual pertence, causam constrangimentos como o desemprego e o empobrecimento local, ou seja, as minorias imigrantes (como se a América não tivesse sido construída por eles).
Em virtude de suas atitudes racistas e de sua postura intolerante Derek acaba cometendo um assassinato brutal e é condenado a passar alguns anos na cadeia. Influenciado por tudo o que viu o irmão mais novo de Derek, Danny Vinyard (vivido por Edward Furlong, muito convincente) acaba seguindo os passos do irmão e buscando apoio em Cameron. Será a repetição de tudo aquilo que viveu o primogênito? De que forma a cadeia poderá influenciar os posicionamentos de Derek? Como reverter uma situação de fato já instalada e cada vez mais coletora de aficionados que se crêem vítimas de políticas de inclusão que trocam de lugar quem é discriminado e quem não é?
Existem filmes significativos que tratam desta temática da Intolerância que seria quase impossível fazer uma amostragem ampla destas produções e concentrá-las numa mostra, daí a programação que vamos assistir durante este período, que se inicia hoje até a data de término, ser seletiva e se concentrar em algumas obras de vários diretores e momentos do cinema, que vai do clássico do cinema mudo Metrópolis, de Fritz Lang, ao contemporâneo A Onda, de Dennis Gansel, filme este que chocou a juventude européia por sua veemência e atualidade. Mas o tema se dilui em vários filmes que assistimos em suas diferentes formas de não aceitação do Outro Estranho a nós, forma classificatória que arma o coração das pessoas contra um personagem quase ficcional que troca de lugar o tempo todo nas telas conforme as necessidades político-ideológicas do momento: hoje assistimos à uma demonização do mundo árabe ( os “terroristas”), que tomou lugar do latino (os “traficantes”), que já foi do russo (os “comunistas”) e que é o lugar eterno dos “pobres” (mendigo, suburbano, cigano, imigrante, etc.). Neste último caso, onde a intolerância é ampla e inclusiva, é negado a estas pessoas a voz de revolta reivindicatória porque à elas é negado generalizadamente um dos direitos mais inerentes ao Homem: o direito à esperança.
A Outra História Americana é um profundo e movimentado drama sobre as conseqüências do racismo à medida que uma família, célula referencial de todos nós, é dividida pelo ódio. Fazendo uma análise do extremismo na América, o filme segue a luta de um homem para reformar a si próprio e salvar seu irmão após viver uma vida consumida pela violência e intolerância. Alguns aspectos ressaltamos a serem observados durante a projeção:
- O aspecto generalizante dos discursos racistas de vários personagens do filme: Derek, seu pai, o líder Cameron, a namorada de Derek, etc.
- A referência ao livro Mein Kampf, escrito na prisão por Adolf Hitler e considerado a matriz ideológica do nazismo, que é escolhido pelo personagem irmão do protagonista para ser tema de uma redação. A troca de lugar sugerida pelo diretor da escola é emblemática, de modo que a redação seja sobre o resultado de outra prisão, a do irmão Derek.
- A imensa referência imagética do nazismo que aparece em forma de posters, bandeiras, insignas e fotografias (formas externas) e as tatuagens de suásticas e palavras de ordem no próprio corpo como emergências de ordens internas.
- Os códigos corporais e de vestuário das gangues dos neo-nazistas, que são diluídas no decorrer da transformação de Derek.
- A repetição do poder dentro do sistema prisional.
- O encontro de Derek com o Outro justamente na lavanderia da prisão, onde se limpa a sujeira das peças íntimas dos prisioneiros e se limpa a sujeira existencial do protagonista.
- A violência sexual perpetrada contra o personagem pelos colegas de confinamento como forma de adulteração da honra pela invasão agressiva da intimidade. O corpo aparece no filme em várias cenas como território ideológico: como suporte das tatuagens, como material a ser moldado (musculação), como matéria a ser extirpada (a morte do negro) e território a ser ultrajado (o estupro na prisão). O cabelo segue o mesmo raciocínio, assim como as roupas (Derek termina o filme usando o vestuário mais emblemático da normatização/uniformização: o terno e a gravata/forca).
- O aspecto cíclico e inclusivo da arregimentação ideológica: o grupo de neo-nazista cresce e se organiza e a semente plantada por Derek é colhida pelo irmão menor.
- As corrupções afetivas geradas pelo ódio: agressão contra o namorado judeu da mãe, as transformações sentimentais do irmão geradas pelo não reconhecimento de Derek ao sair da prisão, a mudança de lugar da namorada que prefere a inclusão ideológica ao invés da realização afetiva e a agressão física de Derek ao mentor ideológico do grupo de neo-nazistas, como uma recusa física ao corpo constituinte do movimento.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

VISIONAIRE e MCQUEEN


A revista “Visionaire” vai homenagear o estilista Alexander McQueen na sua 58ª edição. Depois do falecimento do estilista em fevereiro, a edição chamada “Spirit” vai ter a colaboração de famosos como Nick Knight, Steven Klein, Mario Sorrenti, Steven Meisel, Mario Testino, Inez van Lamsweerde & Vinoodh Matadin e Lady Gaga. De acordo com site norte-americano Racked, em 2003 McQueen veio para o escritório no Soho para discutir uma colaboração com a Visionaire, fato que nunca veio a acontecer. "Então, esta é a nossa homenagem a ele", afirmou Stephen Gan, um dos fundadores da revista.

Cada exemplar vem com um papel que contém sementes de flores silvestres, que crescem normalmente se plantadas e regadas de maneira correta. A embalagem foi desenhada pelo ateliê de McQueen, com um brocado metálico como na coleção de verão 2010, última desenhada pelo estilista.

A “Visionaire Spirit” será uma edição limitada de apenas 1.500 exemplares, que serão vendidos nas lojas da grife em Londres, Nova York, Milão, Los Angeles e Las Vegas, além da Colette Paris

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Declaração de voto


Sem muitas palavras: diante do cardápio indigesto de candidatos, Marina é um alento de esperança.

Não mais modelos magras

Pra pensar





Gosto muito de todos eles. Tenho os Cds, os DVDs e assisto aos shows quando posso mas...Thaíde faz programa na TV Record e MV Bill está na novela "Malhação" da Globo, Mano Brown faz publicidade da Nike e Marcelo D2 já deu show na Daslu. E aí?

Black Beauty






Como professor do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB/UFJF) , onde ministro um conteúdo sobre o negro e suas representações na fotografia, não poderia deixar de manifestar minha admiração pelo trabalho do artista francês Denis Rouvre. Ele tem portfólios conhecidos no mundo todo que abarcam desde retratos (nada convencionais), artes plásticas e seus registros de lutadores de várias categorias, esporte que é sua paixão. Deixo acima o belíssimo ensaio que Denis fez com lutadores senegaleses onde pode ser conferida a sensibilidade da sua lente/olho e a construção de uma poesia particular que mostra os participantes como deuses africanos, repletos de plasticidade e nobreza.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Madame Hollywood






A musiquinha do DJ Tiga, com letra do DJ Felix da Housecat, fez um sucesso arrasador e foi gravada, recriada e remixada por muita gente. Eu gosto da versão original com o autor, mas a gravação de Miss Kittin é incrivel, já que ela debocha o tempo todo das celebrities carregando no sotaque francês. Tudo isso porque as viúvas peruas, ricas, plastificadas, bêbadas e fumantes com suas peles e jóias fazem parte desta décadance avec élegance do mundo efêmero dos famosos.
Fica aí a letra, que é repetida à exaustão em TODAS as versões.
E acima estão Tiga, Miss Kittin e a atriz decadente inspiradora do hit electro.


Everybody wants to be Hollywood,
The fame, the vanity, the glitz, the stories
One day I'll become a great big star, you know
Like the Big Dipper

And maybe one day, you can visit my condo
On a big hill you know
Like 90210

Just imagine my face in the magazines
People analyzing my look
My body, or any plastic surgery you know,
Like the Big Dipper

And maybe one day you can shake my hand
On the planet Hollywood

You say I'm not underground
I'm rich, I'm famous, I'm vanish, I'm glitz
I'm the story, I'm the star you know,
Like the Big Dipper

Wesley é Pop






Wesley Duke Lee foi (é!!!) um dos maiores nomes da arte brasileira. Eu o conhecí nos anos 80, quando morei em São Paulo, porque ambos tínhamos contrato com a mesma galeria de arte onde ele fez uma exposição maravilhosa que mudou muita coisa na minha cabeça. A partir daí acompanhei sua carreira à distância, sempre atento nas transformações que trazia para o pensar da arte no nosso país.
Wesley morreu dia 12 de setembro, aos 78 anos de idade, depois e lutar contra o Mal de Alzeimer que o assolava. Ficamos meio órfãos deste pensador que possui uma rica biografia que deixo abaixo sucintamente.

Neto de norte-americanos e portugueses, Wesley iniciou seus estudos no curso de desenho livre do MASP, em 1951. No ano seguinte embarcou para os Estados Unidos para estudar na Parson's School of Design e no American Institute of Graphic Arts, em Nova York, até 1955, e lá entrou em contato com a obra de Robert Rauschenberg, Jasper Johns e Cy Twombly, e a Arte Pop em geral. Voltando ao Brasil abandona a carreira publicitária e estuda pintura com Karl Plattner, acompanhando-o à Itália e Áustria, até 1960. Também viaja a Paris, tendo aulas na Académie de la Grande Chaumière e no ateliê de Johnny Friedlaender.
Depois de voltar ao Brasil, em 1963, iniciou trabalho com jovens artistas e realizou, no João Sebastião Bar, em São Paulo, O Grande Espetáculo das Artes, um dos primeiros happenings do Brasil. Com Maria Cecília, Bernardo Cid, Otto Stupakoff e Pedro Manuel Gismondi, além de outros, procura formar um grupo dedicado ao Realismo Mágico. Participou também, em 1966, da fundação do Grupo Rex, que perdurou até 1967.
A obra de Duke Lee poderá ser vista na próxima Bienal de SP.

Glenda May






Outro dia, num jantar íntimo de comemoração do meu aniversário (ainda...),me encontrei com Eduardo, um primo querido que já ultrapassou a barreira das classificações familiares se tornando um grande amigo, e, dividindo algumas memórias da juventude, nos reportamos à atriz Glenda Jackson, que foi nossa paixão naqueles tempos pretéritos. O resumo da nossa lembrança dela ficou parado no tempo já que a atriz sumiu das telas e se dedica ao palco e à carreira política na atualidade. Resolví, então, colocá-la aqui para que todos possam conhecê-la e procurar ver seus filmes.
A inglesa Glenda May Jackson começou trabalhando como garçonete e daí passou para o teatro. Chegou ao cinema pelas mãos de Peter Brook apenas em 1964, quando fez "Marat Sade"(obra prima)e daí para frente ficou conhecida por aceitar papéis difíceis e controversos, que muitas atrizes recusavam, como em Sunday Bloody Sunday, Women in Love e The Music Lovers, neste último fazendo soberbamente a esposa de Tchaikovski que enlouquece.
Graças a este desempenho incomum foi agraciada com dois prêmios Oscars de melhor atriz, o primeiro em 1970 por "Mulheres Apaixonadas" e o segundo em 1974 por "Um Toque de Classe", e também conquistou prêmios importantes como o Globo de Ouro, o Bafta e o de melhor atriz no Festival de San Sebastian e no Festival de Montreal.
Dedicou-se então mais ao teatro que ao cinema e em 1992 iniciou carreira política, tendo sido eleita deputada do distrito eleitoral de Hampstead and Highgate em Camden pelo Partido Trabalhista em 1992.
São poucos os filmes dela disponíveis no Brasil, na verdade conheço só o fantástico Marat Sade que saiu numa coletânea de filmes avant-garde e que merece ser visto. Mas na net tem downloads disponíveis com os demais filmes onde atuou.
PS: Não resistí e coloquei-a posando ao lado de Miss Piggy, confirmando que toda pessoa inteligente tem muito humor...rs...

Amour, Imagination, Rêve...






Amor, Imaginação e Sonho é a tradução do título deste post que, transformado em sigla, torna-se AIR. E Air é o nome do duo francês que desembarca no próximo mês no Brasil para uma tournée por algumas cidades e EU JÁ ESTOU COM INGRESSO COMPRADO!
Sou fã de carteirinha destes dois caras - Nicolas Godin e Jean-Benoit Dunkel - cujo som conhecí na trilha que fizeram para As Virgens Suicidas, de Sofie Coppola. Pura magia! Logo corrí atrás do atraso e caí exatamente na masterpiece da banda o premiado Moon Safari (1998) e daí pra cá foi só alegria. Estou feliz em poder vê-los pois será, certamente, um bom encontro. Fica aí a cara deles e as capas de alguns CDs.

Ai meu bolso...






Lí recentemente na mídia que o mercado de arte no Brasil cresceu 30% desde o ano passado. Com o aumento da renda das classes B e C, a arte virou um consumo mais freqüente e as galerias vendem para uma clientela nova que não titubeia até mesmo em colocar "arte" nas listas de presentes de casamento. Como diria o finado gênio Paulo Francis: "whaall..."
Com a chegada da Bienal de SP, com certeza o mercado se aquece e bobo é quem não faz exposições paralelas ao evento para fisgar os cult tourists que lotam a paulicéia. Mas mercado é mercado e ilustro este post com o diamond skull, do artista inglês Damian Hirst, obra intitulada For the Love of God, que continua disponível no mercado internacional para quem tiver a bagatela de 100 milhões de dólares...Yes, baby, você não leu errado.
Damian construiu este crânio em platina (só os dentes são humanos) e o encheu com 8.601 diamantes produzindo assim a obra de arte mais cara do planeta que já esteve exposta em vários espaços de arte (Rijksmuseum incluso) mas nada de aparecer comprador. A solução mais viável foi a montagem de um consórcio internacional composto por pessoas do naipe do colecionadar Saatchi e do próprio Damian Hirst (???) que é candidato a ficar com sua própria obra. Vai entender...
A propósito, o artista estará na Bienal deste ano mas não deve trazer o crânio brilhante e sim as suas caixas de formol com animais seccionados. Did we deserve this?

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Grecco





Lawrence Grecco é um apaixonado por retratos onde normalmente atua como fotógrafo, mas faz ensaios surpreendentes de esportes e dança onde explora o movimento dos seus atuantes. Gosto muito de seus stills de dança onde o diafragma da câmera fica aberto e capta o deslocamento dos dançarinos, gerando um filtro de dissipação dos limites do corpo.