terça-feira, 27 de julho de 2010

Roofers: deu no New York Times


Pois é, dando um rolê nas edições dos grandes jornais do mundo (viva a net!!!) dei de cara com esta novidade aí: os "roofers". Esta é a denominação de uma das mais recentes formações de tribos urbanas. Eles são tão recentes e tão localizados que são taxados de "subcultura", já que existem (por enquanto) só em Moscou.
A cidade capital da Rússia ficou por décadas com a altura de seus edifícios restrita pelo regime comunista daí existirem poucos prédios altos no seu skyline. A onda dos roofers é dar um jeito de entrar nestes prédios, burlando sistemas de segurança, e irem até o teto para ...para...apreciar a cidade. Lá no topo passam os dias em silêncio, contemplando a vista, buscando algum tipo de paz perdida em meio ao caos dos mais de 10 milhões de habitantes da capital vermelha.
Os roofers são invasores. Para entrar nos edifícios, testam combinações prováveis tentando quebrar as senhas das fechaduras eletrônicas predominantes. Em último caso, tocam em apartamentos aleatórios dizendo-se entregadores de qualquer coisa ou vizinhos descuidados que esqueceram a senha ou a chave. De posse destes dados, não só entram e ficam lá em cima, como depois repassam os dados para outros roofers amigos. Como não dá para ter uma gangue com mais de 3 pessoas, a multiplicação dos grupos é enorme.Bem, tão enorme que existem grupos que fazem disto um negócio e cobram por este isolamento artístico/espiritual entre 13 e 80 dólares, dependendo do status do imóvel invadido e a vista, é claro.
Os roofers de Moscou fazem parte de uma minoria em extinção: a das pessoas que só querem ficar quietas no seu canto. E se incomodam quando são confundidos com vândalos ou arrombadores pois não querem confusão, fama ou defender grandes ideais: eles sabem que só podem salvar o mundo deles mesmos e que isso exige dedicação extrema.
A coisa também é bem anônima, e de tão anônima e de tão nova acabou que não achei nem uma foto deles para postar aqui, então fica uma vista moscovita para ilustrar a matéria.
Se a moda pega, uma São Paulo pode se transformar num big business...

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