quinta-feira, 8 de julho de 2010

LIVROS SOBRE FRIDA KAHLO



Frida no espelho da história, este é o nome do livro de fotos organizado por Pablo Monastério e biografia de J.M. Le Clézio. Nele são revelados detalhes sobre a pintora mexicana e Diego Rivera. Se o mundo tivesse acreditado nas inocentes mentiras que a pintora mexicana Frida contava, este ano seria comemorado seu centenário do nascimento (ela dizia ter nascido em 1910). Como existem cartórios de registro civil, ele já foi comemorado três anos atrás, no dia 6 de julho. Na última terça-feira, Frida teria completado 103 anos.

A mais popular entre as mulheres artistas plásticas, nascida oficialmente em 1907 e morta em 1954, escondia outras coisas além da idade. Parte desse mistério é desvendado agora com o lançamento do livro Frida Kahlo – Suas Fotos (Cosac Naify) com mais de 400 fotografias do arquivo Museu Frida Kahlo sob a guarda do Banco do México, selecionadas pelo fotógrafo, editor e curador mexicano Pablo Ortiz Monastério.
Publicada simultaneamente com a Editorial RM (México), a edição brasileira do livro, com tiragem única com 7 mil exemplares, chegou às livrarias nesta semana e mostra por meio de imagens a trajetória da pintora surrealista casada com o pintor Diego Rivera. É justamente a relação dos dois o tema de outro livro, Diego e Frida, originalmente publicado em 1993 pelo Nobel francês J.M. Le Clézio e agora relançado pela Editora Record. Muitos fatos omitidos pelo autor são agora revelados no livro das fotos da artista, que durante muito tempo ficaram distante do olhar indiscreto do público.

São fotos que explicam sua obsessão por autorretratos herdada do pai, um fotógrafo judeu de origem alemã, e escancaram a liberdade sexual da artista, amante tanto de personagens históricos – o líder revolucionário Leon Trotski – como de mulheres emancipadas, entre elas a fotógrafa Tina Modotti e Tara Pandit, sobrinha do ex-primeiro ministro indiano Jawaharlal Nehru.

Parece claro que Diego Rivera, que traía Frida com mais frequência, pretendia manter certa discrição sobre esses relacionamentos. Tanto que, ao fazer a doação do acervo fotográfico da mulher ao Banco do México, pediu que o material fosse guardado e só se tornasse público 15 anos depois de sua morte. A empresária, musicista e filantropa mexicana Dolores Olmedo, amiga do casal, guardou o acervo por 50 anos. Após sua morte, em 2002, ele foi finalmente aberto e catalogado.
( informado por ANTONIO GONÇALVES FILHO )

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