quarta-feira, 28 de julho de 2010
FRANK FRAZETTA
Frank Frazetta era um descendente e italianos morando no Brooklyn, NY,que, além de ser um boa pinta que se importava com seu corpo cuidando dele em academias de musculação,era bom desenhista e esportista. No esporte chegou a ser chamado para atuar no New York Giants. No desenho, estreou em 1944, aos 16 anos, ilustrando quadrinhos, carreira que acabou predominando na sua vida profissional. Foi, por nove anos, assistente de Al Capp em Ferdinando; publicou na EC Comics, editora dos melhores quadrinhos adultos do período; trabalhou com Harvey Kurtzman no clássico erótico da Playboy, Little Annie Fanny; desenhou de faroestes a Buck Rogers.
Mas foi na ilustração que deixou sua maior marca, desenhando pôsters de cinema, entre 1965 e 1983, que divulgaram seu talento mundo afora através de filmes como O que é que há, Gatinha, A Festa do Monstro Maluco e Mad Max. Mas mais importantes ainda foram suas capas de livro, que começou a fazer a partir de 1966,ilustrando as capas da série Conan - e simplesmente reinventou a estética da literatura fantástica, disparando uma nova onda de interesse por fantasia e ficção científica e influenciando milhares de ilustradores pelo mundo afora.
Sem Frazetta não existiria a série em quadrinhos de Conan, muito menos os filmes. Suas capas para Tarzan fizeram o homem-macaco popular de novo; as ilustrações para a série John Carter of Mars, de Edgar Rice Burroughs, conectaram fantasia espacial com a nova geração dos 60 - do rock, das drogas, da contracultura.
Com isto, Frazetta fez a cabeça de pelo menos duas gerações. Uma cresceu e o chamou para trabalhar, como Steven Spielberg, Francis Ford Coppola e George Lucas, para quem ele criou arte conceitual. Mas seu impacto no rock foi tão grande quanto nos quadrinhos: a partir dos 70, muitas bandas passaram a usar temas de fantasia em suas letras e ilustrações fantásticas nas capas, e ninguém foi mais responsável que Frank Frazetta. De Molly Hatchet e Nazareth a Wolfmother, muitas bandas usaram sua arte na capa. Muitas outras chamariam ilustradores influenciados por Frazetta (Boris Vallejo, por exemplo).
Existe um documentário sobre o artista chamado Frazetta: Painting With Fire,que o mostra revisitando o velho bairro onde morou e encontrando amigos das antigas, fazendo uma tour de seu pequeno museu particular, e, curioso,não explicando porque fazia o que fazia. No filme,John Buscema, Dave Stevens, Al Williamson e Simon Bisley são alguns criadores que prestam homenagem ao mestre. A coisa mais chocante do filme: a revelação de que Frazetta jamais utilizou referências ou fotografias para suas ilustrações: veio tudo de sua imaginação. Monstros intergaláticos, feras pré-históricas, atmosferas delirantes, planetas exóticos, donzelas gostosonas e heróis bombados são filhos legítimos deste bamba da ilustração.
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É uma pena que virou o padrão da Heavy Metal, uma publicação que não dá para deixar de ler mas é muito do mesmo.
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