terça-feira, 14 de julho de 2009

Um ator coringa


A pluralidade de um ator é um dado fundamental para que ele mostre a que veio. Num mundo cada vez mais repleto de canastrões, quando sentimos que estamos diante de um verdadeiro talento o nosso coração agradece. Quem ama cinema e teatro sabe do que estou falando. Estes sujeitos sublimam nossas dores e alegram nossa vida. Graças a muitos (poucos) deles agradecemos quando acordamos todos os dias.

Heath Ledger já recebeu do mundo as homenagens devidas. Creio que sua memória passará muito bem para o futuro sem que este meu comentário influencie alguma coisa neste sentido, mas não vou me abster de dizer que seu talento me foi caro. Atuando no cinema de arte ou num blockbuster com igual desenvoltura, deu vida a personagens que falaram com as platéias de modo eloqüente e - importantíssimo - convincente. Quando morreu e veio à tona que sofria muito por não ter conseguido tirar o Coringa de dentro de sí, fiquei duplamente entristecido: primeiro pela perda do ator, segundo por saber que quando as máscaras grudam no rosto, só mesmo as atitudes radicais funcionam para se libertar.

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