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Janaina Tschäpe assume desde o nome uma identidade um tanto deslocada. O “Tschäpe” denota sua origem alemã, e “Janaina” revela brasilidade. O racionalismo e a precisão típica de um país, e a paixão e visceralidade de outro se confluem em perfeita harmonia, numa obra que diz respeito a lugares e tempos mais íntimos que as demarcações de fronteira. As flores e frutos de sua série "Botanica" não compõem o cenário de uma floresta tropical. São alucinações fotografadas, em que as cores vibram intensamente: azuis, vermelhos, laranjas e verdes impossíveis, incandescentes. Os modelos humanos de 'Melantropics" não desbravam a mata; caminham dentro de sonhos, deixando-se deformar pelo ambiente. Brincando de deus, Janaina converte as leis da natureza em uma espécie de pesadelo orgânico.
A literatura, pode-se notar, influencia a obra da artista. Nota-se uma qualidade narrativa mesmo nas fotografias, enganosamente estáticas. Seus modelos são mais propriamente personagens que outra coisa, incitam-nos a imaginar de que mundo fantástico poderiam ter surgido. Romantismo gótico alemão, Novalis e Borges inspiraram a atmosfera melancólica de alguns dos trabalhos, como nos belíssimos "He drowned herself as she called him to follow", "Blood, sea" e "Lacrimacorpus". Uma de suas séries chama-se "Água viva', como o livro homônimo de Clarice Lispector. Há semelhanças entre estas duas: o fascínio pelo insólito, o estranhamento diante dos detalhes, o poder de síntese, e a aproximação entre animalesco e divino no ser humano.
Por sua qualidade artística Janaína têm autonomia no mundo das artes e há muito tempo suplantou o rótulo de "esposa de Vik Muniz".
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