O filme Crepúsculo dos Deuses (Sunset Boulevard, 1950) é uma obra prima. Particularmente o considero muitas coisas, dentre elas a obra definitiva do diretor Billy Wilder, o filme definitivo sobre Hollywood e um dos maiores comentários sobre a arte do cinema. Creio que muitos leitores dividirão estes comentários comigo.
Tudo no filme é direcionado a levar o espectador a um universo de decadência, onde a alma humana se mostra plena de baixezas, tudo embalado pelo tom irônico do gênio do diretor. A cada sequencia existe um drama e uma surpresa, que só cessam de socar nosso estômago na grandiosa cena final.
Billy Wilder é autor de outras obras-primas do cinema como Quanto Mais Quente Melhor e A Montanha dos Sete Abutres, e nunca deixou de criar referências para todas as gerações de diretores que o precederam. Destaco nesta obra cinematográfica o desempenho de Willian Holden, Erch von Stroheim e a fantástica Glória Swanson: sem ela o filme não seria o que é.
Misturando auto-biografias, a história do cinema, a ascensão das celebridades, a decadência destas mesmas celebridades acrescido do cinismo da indústria cinematográfica, Billy nos empurra num turbilhão de situações (muitas metafóricas) que alinhava com seus comentários ácidos sobre a falsidade e a verdade do cinema. Nada como terminar isto tudo com um belo close-up, que é o que ele faz o tempo todo no filme com este meio artístico responsável pelos mais belos sonhos e também pelos piores pesadelos.
Não é atoa que estou na comunidade do Orkut "I'm ready for my close up"...
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