terça-feira, 16 de novembro de 2010
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Uma lenda do futuro
David Bowie, inspirado pelo livro 1984, de George Orwell, fez o magnífico disco Diamond Dogs em 1974. Além das músicas fantásticas, o disco possuía uma capa pintada pelo artista Guy Pelaeert onde o artista, meio homem, meio cachorro, aparecia tendo ao fundo (ou contracapa) uma colagem de fotos sugerindo uma cidade do futuro completamente caótica, com prédios se superpondo, gerando uma imagem inesquecível. Hoje, 36 anos após Bowie, temos uma imagem do futuro diferenciada: há espaço para o caos mas as surpresas da arquitetura ainda prevalecem nesta previsão do que está por vir. Confiram algumas coisas ainda na prancheta (ou no CAD) que serão construídas pelos arquitetos que acreditam na espetacularização de seu fazer.Parece mais com as hipercidades de Guerra nas Estrelas, incluindo o projeto que parece a Estrela da Morte.
Princesa Hijah
Ninguém sabe quem é ele, mas os parisienses convivem com seu trabalho desde 2006. O grafiteiro anônimo se restringe a uma só função: pintar véus muçulmanos nas modelos que posam nas publicidades de moda nos cartazes colados pela cidade. A intervenção tem um caráter político muito forte já que a atual gestão de Monsieur Sarkosy mira nas liberdades individuais proibindo, inclusive, o uso do véu por pessoas que professam a fé (ou a cultura) árabe. Mais uma vez temos um grito de alerta contra algum abuso à liberdade da pessoa vindo das mãos dos artistas de rua.Nota 10!
Obscured by clouds
Lá nos anos 70 o Pink Floyd lançou um disco que era a trilha sonora do filme La Valée, uma viagem alucinante, meio hippie meio antropológica, e havia entre as músicas uma que tinha o título que dei ao post. Mas na verdade o que quero comentar aqui é o último trabalho da artista plástica Regina Silveira em São Paulo. Autora de um trabalho apresentado numa Bienal nos anos 70 intitulado "Projeto para a construção de um céu", parece que a obsessão da artista seguiu em frente e ela fez esta instalação que cobriu as 202 janelas do MASP na avenida Paulista com um céu bordado em ponto cruz. O resultado é lindo e surpreende a todos que por lá passam. Regina é um grande nome das artes brasileiras e já nos representou em outras Bienais e galerias mundo afora.
sábado, 13 de novembro de 2010
When in Rio...
Olha aí pessoal que estará no Rio neste feriadão ou que mora na cidade: Jorge Fonseca estará com a exposição cujo convite segue acima. É imperdível. O artista é uma das forças da arte mineira e brasileira hoje e faz uma obra repleta de discussões sobre a produção cultural sem perder a afetividade. Jorge é um imenso coração. Visitem.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
domingo, 7 de novembro de 2010
Rio de novo!!!
Estive por uma semana no Rio de Janeiro participando do SePPEL na UERJ sobre o Insólito na Lingua Inglesa. Aproveitei bem as comunicações e palestras mas também fui colocar a vida cultural em dia na cidade. Os dias estavam lindos (sol rachando!) e foi difícil não me entregar aos apelos de um lugar conhecido como maravilhoso. Sorry, mas é a cidade mais linda do mundo.
Eu e Aline no Therése
Eu havia combinado com uma querida amiga, a Aline, de saírmos no dia de Finados para uma conversa de atualização das nossas vidas. Como eu queria me penitenciar de um "furo" que dei nela numa última vez que combinamos de nos vermos (eu não pude ir...), reservei uma mesa no Restaurante Therése, no Hotel Santa Teresa, para que o encontro fosse um belo pedido de desculpas. Com certeza ela não estava sentida com nosso desencontro, mas o lugar transformou nosso papo num evento. A noite stava linda, a vista era maravilhosa e o ambiente aconchegante. Saímos de lá de madrugada tão encantados com tudo ( o champanhe ajudou, é claro) que nem as ruas totalmente desertas do bairro nos intimou. Ao invés de uma apreensão por estarmos sozinhos numa rua vazia fez com que um ar de sonho permeasse tudo. Imediatamente o Rio amedrontador cedeu espaço para a paz de uma cidade do interior. Lindo!
Seja bem-vindo!
Chegar no Rio é ser recebido pelos textos/painéis pintados pelo Mestre Gentileza. É algo único passar por aqueles pilares e ver o seu trabalho e pensar no grau de dificuldade que ele deve ter tido para realizar esta obra de singeleza e amor. Só mesmo imbuído por uma profética missão divina para enfrentar a empreitada. Eu o ví muito andando nas ruas do Rio de Janeiro, ainda arrastando a peja de louco, mas o homem sabia que estava abaixo da eternidade da sua mensagem. Mal cheguei nas ruas do centro, parei numa banca de jornal e comprei um adesivo escrito "Gentileza gera gentileza" que agora está colado na tampo deste lap top que uso. O jornaleiro fez um belo comentário sobre o Profeta: "Ele não era deste tempo".
Brasiliana
A coleção Brasiliana do Itaú Cultural está sendo exibida no Museu Nacional de Belas Artes e é uma preciosidade. Com obras de beleza plástica e profundo valor histórico a curadoria nos permite ver quadros, gravuras, desenhos, livros, documentos, mapas e fotografias que montam um painel histórico do Brasil, em especial a parte que exibe os desenhos dos artistas viajantes que passaram por aqui e registraram uma nação idílica, onde a natureza era a dominante. Particularmente me sentí sensibilizado ao ver o material que a coleção abriga sobre o meu conterrâneo Santos Dumont. Em resumo: um belíssimo acervo.
O Grande Islã
Está em cartaz no CCBB uma mega exposição sobre o Islã que foi a grande experiência cultural desta viagem. Com uma curadoria cuidadosa, que recolheu peças de várias categorias da arte e da cultura islãmica, pode ser feito um mergulho na grandiosidade do pensamento deste povo tão fragilizado pelas intervenções políticas e econômicas da atualidade. Injustamente. O que aflora na mostra é a sofisticação do povo árabe, muito distante da demonização a que foram rotulados por causa "daquele arbusto" americano pré-Obama. Simplesmente imperdível. O setor de caligrafia é de tirar lágrimas.
Fasano Al Mare
Imbuído de um espírito solar, causado pelos maravilhosos dias que faziam na cidade (maravilhosa, ainda!) lá fui eu à procura de um lugar para comer coisas frescas saídas do mar, o que em Minas é complicado. Como guiado por um "instinto superior" fui ao restaurante do Hotel Fasano, ciente de que lá não haveria erro. E não houve.Mais uma vez fui premiado com uma culinária de mestre, simplesmente perfeita, servida por um pessoal amigável que fez com que a experiência fosse completa. E o lugar é lindo...
O Mosteiro
Localizado numa rua pertinho do Mosteiro de São Bento fica o restaurante que está no título deste post. Fui lá por indicação de uma amiga e foi uma boa experiência gastronômica: cozinha portuguesa de primeira. Porém o destaque da casa são as empadas que são servidas antes do almoço chegar à mesa que ostentam o mérito de serem consideradas as melhores feitas no Rio. Comí. É verdade!!!
Oiticica
O Rio está com uma exposição imperdível sobre a obra de Hélio Oiticica. Na verdade são múltiplos espaços espalhados pela cidade onde acontecem as mostras, mas eu fui ver a da Casa França Brasil (soberba!!!) e a do Paço das Artes. Fica aquí o registro e a sugestão de visita para quem for ou estiver no Rio. É uma rara oportunidade de usufruir da genialidade deste mestre da arte brasileira. As fotos que ilustram o post não são exatamente das obras nas exposições, mas estas são as que estão lá.
Nem só de Fasano vive o homem I
Marquei de me encontrar com dois casais amigos para um jantar e assim fui ao encontro deles no Restaurante Nova Capela, na Mem de Sá, na Lapa. O encontro foi maravilhoso pois não os via a um certo tempo, mas o papo, a alegria e o prazer foi potencializado pelo ambiente e pela comida do lugar. Valeu a ída. E a noite estava quente e as ruas repletas de gente. Acho que vou passar uns dias do verão no Rio...
Sebos da Praça Tiradentes
Para quem acompanha este blog sabe que ir no centrão visitar os sebos é um vício, e como todo viciado eu me rendo à tentação e gasto o que posso (e o que não posso...) comprando maravilhas garimpadas nas estantes atulhadas. E aproveito para rever os amigos, como o Rodrigo, da Academia do Saber, que é um livreiro de primeira e a cada vez que o encontro aumenta a admiração que tenho por sua educação, gentileza simpatia e...descontos generosos...rs...Desta vez comprei preciosidades que já vinha procurando a um certo tempo, como o livro sobre o Morro do Castelo, no centro do Rio, e o catálogo raisonné da Tarsila do Amaral, este último um tijolão que quase deslocou minha clavícula...he...he...É o tal do "peso da cultura".
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