domingo, 18 de outubro de 2009

Agora é cinza, tudo acabado e nada mais...




Na noite de sexta-feira passada, dia 16 de outubro, um incêndio destruiu 90% das obras de Hélio Oiticica que estavam em poder a família. Na foto acima o irmão mostra o resultado do fogo e só resta para nós o lamento. Nesta mesma sexta o jornal Folha de São Paulo publicou uma matéria sobre a super valorização da arte brasileira no mercado internacional, onde citou os nomes de Lygia Clark, Marepe, Tunga e...Hélio Oiticica. Calcula-se um prejuízo de 200 milhões de dólares, na previsão do irmão César, que preside o Projeto Hélio Oiticica, que era responsável pela manutenção das obras. Nada estava no seguro e foram-se importantes peças das séries parangolés, bólides e bilaterais. Tragédia para a arte brasileira.


Me lembrei imediatamente do incêndio que varreu o acervo do MAM do Rio de Janeiro, em 1978, outro episódio a ser eternamente lamentado pois foram-se obras importantes da história da arte brasileira, além de peças de artistas internacionais, sem esquecer que acontecia no museu uma mega-exposição do artista uruguaio Torres Garcia, toda perdida. Eu estava no Festival de Inverno de Ouro Preto naquele momento e a notícia caiu como uma bomba sobre todos.


A obra de Hélio Oiticica sempre pediu interação e com esta mudança de estado das suas criações originais, torna-se pública a posse de suas idéias, já que está na internet seus projetos, prontos para serem executados por quem desejar. Repliquemos Hélio e promovamos sua eternidade.


Um comentário:

  1. Eu não entendi porque a família guardava tudo isso em casa. E sem seguro.

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