sábado, 8 de agosto de 2009

Tô de férias mas tô na moda




A máxima de Tati Quebra-Barraco, Sou feia mas tô na moda, terminou como referência a qualquer coisa que exprima o radicalismo fashion. Sem ser muito radical, - aliás, mais cultural que radical - meu interesse cada vez maior pela conversa da moda com a arte me seduz. E nada como estar na cidade grande para dar um mergulho nas oportunidades que as novas idéias surgidas deste binômio fornecem. Vamos lá...
No Centro Cultural Banco do Brasil vi a mostra Virada Russa, com a produção dos artistas plásticos daquele país no período do Construtivismo, Suprematismo, etc. Com obras maravilhosas, como um Chagall e muitos Kandinski , a exposição não deixou de fora as atuações deste grupo de artistas em outras áreas, tal como design, arquitetura e moda. Pois é...moda. Existem figurinos feitos por Rodchenko, roupas cenográficas e estamparias que, se não emocionam pelas idéias lá executadas, nos espantam pela atualidade. Potencializadas por uma montagem muito boa, as roupas se transformam em objetos isolados, com um discurso próprio, já agregadas de todo o significado histórico. Vale a pena dar uma olhada.
Na Livraria Cultura, em São Paulo, vi o livro Radical Fashion, que na verdade é um super-catálogo de uma exposição montada no Victoria & Albert, em Londres, sobre as interfaces da moda com as artes plásticas. Claro que muitas intervenções acontecidas durante a mostra londrina foram pensadas em função do assunto e do espaço expositivo, o que faz com que o impacto das instalações, por exemplo, seja um choque. As surpresas são muitas ao folhearmos o livro, mas eu estava em companhia de um amigo que viu a exposição e disse que era sensacional. Não comprei o livro (!!!) mas comprarei...
Finalmente, no Shopping Center Iguatemi, também em São Paulo, vi uma – talvez a mais – bela e inteligente montagem de vitrine de moda. Foi na loja de Christian Louboutin, o shoemaker dos sapatos de solado vermelho, recém inaugurada neste espaço de luxo que é o shopping. Na verdade os sapatos são de tirar o fôlego, e, se não parecem esculturas, parecem jóias para se usar nos pés. Aliás, por seu design escultural parecem (e são...) uma tortura para as mulheres que os usam. Mas, nas palavras de Louboutin, seus calçados não são para dar conforto, e sim prazer estético...Fazer o que, né?

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