terça-feira, 10 de maio de 2011
Vaidade, tudo é vaidade!
O título deste post é citação bíblica (não sei exatamente onde) e Santo Agostinho gostava de repetí-la para ressaltar nossas fraquezas diante dos desafios do espírito neste mundo tão egóico. Pois é, nesta altura dos acontecimentos as relíquias do santo devem estar girando onde deveriam estar repousando sossegadas diante das notícias saídas na midia sobre a recente parceria Vaticano/ Giorgio Armani.
Não bastasse os envolvimentos da moda italiana com a Máfia (muito bem tratada no filme Gomorra) agora surge esta história de que o bispo Domenico Mogavero, da cidade de Mazara Del Vallo, na Sicília, ganhou uma batina criada pela casa Armani para celebrar suas missas. Bem, a princípio o bispo se defeneu das acusações de vaidade excessiva dizendo que é amigo de Giorgio, daí o presente concedido sem maiores intenções, mas não adiantou e a polêmica se manteve.
Não sei porque tanta gritaria. Basta ir a Roma e passar naquela avenida que vai do Tibre até o Vaticano para ver a quantidade de boutiques de paramentos eclesiásticos que ostentam nas suas vitrines artigos variados para servir à Santa Madre Igreja. Desfiles de moda para padres é comum na cidade e existem top models saídos dos corredores do Estado Santo que rendem até calendário de padrecos fashion que são vendidos como se vendem os calendários de bombeiros sexys de Nova York ou Rio, como ví na última vez que estive por lá.
Federico Fellini, no seu filme Roma, mostrou um alucinado desfile onde as batinas acendem luzinhas e possuem pedrarias ricas que são mostradas nas passarelas para uma platéia de padres histéricos que dão gritinhos a cada modelito que passa.
Segundo várias fontes da internet, o próximo a usar uma batina by Armani será o padre Fábio de Melo, doublê de escritor, cantor e ministro na Igreja.Ninguém vai estranhar, com certeza.
Não se fazem mais padres como antigamente...
Vaidade, tudo é vaidade!!!
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Olá, sou filha de seu primo Eduardo, de Ipatinga. Espero que as coisas estejam bem por aí.
ResponderExcluirInfelizmente, não me surpreendi com toda essa vaidade, ainda que Armani e catálogos de moda eclesiástica tenham sido um tanto demais pra mim! Penso que toda essa efetiva vaidade que envolve (não só) o Vaticano e toda essa preocupação com paramentos e com um outro tipo de vaidade que envolve posição social, tenham suas raízes lá atrás, ainda quando monarquia e clero dominavam o cenário. Pergunto-me: a serviço de quê mesmo está a Igreja? Qual é o foco? Porque, há muito, eles já o perderam. E é, mesmo, tudo vaidade!
Um abraço!