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O título deste
post é citação bíblica (não sei exatamente onde) e
Santo Agostinho gostava de repetí-la para ressaltar nossas fraquezas diante dos desafios do espírito neste mundo tão egóico. Pois é, nesta altura dos acontecimentos as relíquias do santo devem estar girando onde deveriam estar repousando sossegadas diante das notícias saídas na midia sobre a recente parceria
Vaticano/ Giorgio Armani.
Não bastasse os envolvimentos da moda italiana com a
Máfia (muito bem tratada no filme
Gomorra) agora surge esta história de que o bispo
Domenico Mogavero, da cidade de
Mazara Del Vallo, na
Sicília, ganhou uma batina criada pela casa
Armani para celebrar suas missas. Bem, a princípio o bispo se defeneu das acusações de vaidade excessiva dizendo que é amigo de Giorgio, daí o presente concedido sem maiores intenções, mas não adiantou e a polêmica se manteve.
Não sei porque tanta gritaria. Basta ir a Roma e passar naquela avenida que vai do Tibre até o Vaticano para ver a quantidade de boutiques de paramentos eclesiásticos que ostentam nas suas vitrines artigos variados para servir à Santa Madre Igreja. Desfiles de moda para padres é comum na cidade e existem
top models saídos dos corredores do Estado Santo que rendem até calendário de
padrecos fashion que são vendidos como se vendem os calendários de bombeiros sexys de Nova York ou Rio, como ví na última vez que estive por lá.
Federico Fellini, no seu filme
Roma, mostrou um alucinado desfile onde as batinas acendem luzinhas e possuem pedrarias ricas que são mostradas nas passarelas para uma platéia de padres histéricos que dão gritinhos a cada modelito que passa.
Segundo várias fontes da internet, o próximo a usar uma batina by Armani será o padre
Fábio de Melo, doublê de escritor, cantor e ministro na Igreja.Ninguém vai estranhar, com certeza.
Não se fazem mais padres como antigamente...
Vaidade, tudo é vaidade!!!