sábado, 25 de dezembro de 2010

Old dudes of electronic music II: Isao Tomita






O músico japonês Isao Tomita surtou de vez ao ouvir os discos de Walter (Wendy) Carlos nos anos 70. O que fez? Comprou um Moog III (high, high tecnology naqueles tempos) e gravou Snowflakes Are Dancing (Tóquio, 1974), álbum onde interpreta várias peças do mestre do impressionismo Claude Debussy,inovando no estilo "música erudita plugada na tomada" ao interferir nos arranjos, criando um modo muito particular de passar para o público as emoções das peças originais. Foi um sucesso, inclusive abrindo outro mercado para o artista: as trilhas de filmes. A sua versão de Clair de Lune, da Suite Bergamasque, foi usada na trilha sonora do blockbuster Ocean's Thirteen,sem muito sucesso ou contexto, mas fez um bom contraste.
Depois desta aparição Tomita nunca mais parou, gravando clássicos como Quadros de uma Exposição, do russo Mussorgsky, e Os Planetas, de Holst. Eu tenho os discos mas ouço alguns com restrições, já que o artista faz boas interpretações mas, às vezes, cai num kitsch imperdoável, como ser muito literal e colocar galinhas cacarejando atrás de pintinhos (Mussorgsky). Bem, fazer o que ele faz É KITSCH, mas a cultura de massa nos dá um bom desconto nestas horas.
Existe uma lenda urbana sobre pessoas que tiveram orgasmos quando ouviram sua versão de Clair de Lune. Não sei se isso é possível mas, se você é um grande fã da música eletrônica e dos compositores clássicos, ouça a peça sozinho para não dar vexame.

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